- Rosa Bujat “Buiatti”
- Francesco Bujat “Buiatti”
ROSA BUIATTI (Originalmente Rosa Bujat)
Foi a primeira filha de Valentino com Maria Tuliani. Seguindo a tradição italiana, recebeu o nome de sua avó paterna, por ter sido a primeira filha de Valentino. Ela nasceu em 17 de julho de 1877 na cidade de Aiello del Friuli, província de Udine. Foi batizada na Parrocchia Santo Ulderico como seu pai e emigrou com a família para o Brasil com 14 anos incompletos. Já no Brasil, acompanhou a família até a Fazenda Sobradinho em Uberabinha (Uberlândia), onde casou-se em 1899 com Antônio Gratton. Os casamentos naquela época eram combinados com os pais.
Antonio Gratton seu esposo, também nasceu na atual província de Udine, e era filho de Andrea Gratton e Lucia Sion. A familia Gratton é da região dos Comunes de Chiopris-Viscone e San Vito al Torre, que fica a 7 Km de Aiello del Friuli, próximas ao Rio Torre. Baseados em informações de Benedito Buiatti, neto de Valentino, nossas famílias mantinham relação de amizade próxima, e que a Família Gratton possuía terras na região de Buritis em Uberlândia antes de se mudarem para Ipameri – Goiás. Outro fato de proximidade entre as duas famílias, é o fato de Francesco Gratton, cunhado de Rosa Bujat, haver casado com Maria Cumin em 23 de fevereiro de 1884 na mesma paróquia (Santo Ulderico em Aiello del Friuli) que nosso patriarca Valentino Bujat e filhos foram batizados. Maria Cumin também era de Aiello del Friuli. Uma pregunta que não sabemos responder, é se as duas famílias (Buiatti e Gratton) se estimularam a emigrar para o Brasil. A familia Gratton veio antes para cá.
Rosa e Antônio tiveram apenas um filho, João Batista Gratton, que nasceu em 7 de março de 1900. Muitos parentes nossos o conheciam por João Rosa. Logo após o nascimento de João Batista, em 18 de setembro de 1900, Antônio faleceu, deixando Rosa viúva, com pouco tempo de casamento.
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João Batista “Rosa” Gratton, primeiro filho de Rosa Bujat e primeiro neto de Valentino Bujat, casou com Maria Brisda e soubemos de três filhos gerados. Baseados na árvore genealógica do site www.myheritage.com.br feita por Wagner Gratton, são eles: Raimundo Gratão (Nascido em 04 de março de 1931 e falecido em novembro de 2010), José Gratão e Afonso Gratão.
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Posteriormente, por volta de 1910, Rosa Bujat casou-se com Francisco Martins da Silva. Francisco era conhecido por Francisco Quintiliano, pois era o sobrenome de seu pai. Seus pais eram Manoel Quintiliano da Silva e Vitalina Maria de Jesus. Rosa e Francisco tiveram 5 filhos: Maria, José, Joaquim , Alvino e Antônio.
Rosa morreu aos 44 anos, em Uberabinha, na data de 21 de junho de 1922, vítima da doença “Fogo Selvagem”, conhecida no meio médico como pênfigo. Antônio, filho de Rosa e Francisco, também padeceu da mesma causa. A biografia de Rosa Bujat me foi contada por seu sobrinho, e meu tio Benedito Buiatti (filho de Pedro Buiatti) através de história que sua mãe (Maria Cassemira de Jesus) contava sobre a familia.
FRANCISCO BUIATTI (Originalmente Francesco Bujat)
Foi o segundo filho do casal Valentino e Maria Tuliani. Por ser o primeiro filho do sexo masculino, recebeu o nome de seu avô paterno. Nasceu em Aiello del Friuli na data de 7 de agosto de 1881, foi batizado na Parocchia Santo Ulderico e emigrou para o Brasil com 10 anos incompletos.
Francisco acompanhou a família durante a travessia do oceano Atlântico, passagem por Sertãozinho e Jardinópolis até se estabelecerem em Uberabinha, na Fazenda Sobradinho. Ajudou a família nos cafezais e nas pequenas lavouras de subsistência e no final da década de 10 (13 de novembro de 1918), a gripe espanhola o levou, ceifando sua vida aos 38 anos de idade.
A gripe espanhola, tipo de vírus da gripe extremamente agressivo, desencadeou-se nos Estados Unidos e foi trazida ao Brasil a bordo do navio Demerara, procedente da Europa. Em setembro desse ano, sem saber que trazia o vírus, o transatlântico desembarcou passageiros infectados no Recife, em Salvador e no Rio de Janeiro. No mês seguinte, o país inteiro já estva submerso naquela que até hoje é a mais devastadora epidemia da sua história. A ferrovia que ligava as diversas regiões do Brasil foi um agente de transporte de pessoas infectadas e facilitou a rápida disseminação do vírus. Estima-se que 50 milhões de pessoas morreram no mundo todo, em decorrência dessa doença.
Francisco morreu sem deixar descendentes e sem deixar maiores informações ou fotografias. Foi homenageado pelo seu irmão Antonio Bujat que batizou um dos filhos como Francisco Buiatti Sobrinho.
A bibliografia consultada a cerca da gripe espanhola foi https://pfarma.com.br/noticia-setor-farmaceutico/saude/5331-gripe-espanhola.html.