ANTONIO BUIATTI

Este capítulo foi escrito com arquivos de documentos e fotografias cedidas pelos primos Mauro Buiatti (Neto de Antonio Buiatti) e Wagner Gratão (sobrinho de Ilídia Gratton)

Antonio foi o primeiro filho do casal Valentino Buiatti e Maria Maddalena Gherbezza, e terceiro filho de Valentino. Nasceu em Aiello del Friuli em 12 de junho de 1886 e foi batizado na Paróquia Santo Ulderico.  Emigrou com seu pai Valentino e demais membros da família em 1891, quando tinha apenas 4 anos de idade.  Acompanhou a família até a chegada em Uberabinha por volta de 1898, passando por Sertãozinho e Jardinópolis. Já na região de Sobradinho, casou-se em 25 de abril de 1908 com Ilídia Graton. Ilídia era paulista de Santa Rita do Passa Quatro e nasceu em 28 de junho de 1890. Após o casamento construíram uma casa nas terras de seu pai (Valentino Bujat) a aproximadamente 100 metros da casa principal.

O casal Antonio e Ilídia tiveram 9 filhos.  Por ordem de nascimento foram: João Buiatti (22 de fevereiro de 1909), Joaquim Buiatti (09 novembro 1910), Antonina “Toninha” Buiatti (1912), José Buiatti (10 de abril de 1915), Rosa Buiatti (1917) falecida com 1 ano de idade, Jerônimo Buiatti (12 de fevereiro de 1919), Francisco “Chiquito” Buiatti Sobrinho (02 de novembro de 1921), Levino Buiatti (1924), Alcino Buiatti (06 setembro de 1926). Ilídia faleceu em Sobradinho – Uberabinha (Uberlândia) em 22 de janeiro de 1929 . Após ficar viúvo casou-se com Rita Gomes, porém não tiveram filhos.

Fotografia da familia de Antônio Buiatti e Ilídia Gratton por volta de 1925 na Fazenda Sobradinho: Da esquerda para direita: Antônio, Francisco “Chiquito”, Ilídia, Antônia “Toninha”, Levindo (sentado no banco a frente de Antônia), Jerônimo (Em pé apoiado no banco a frente de Antônia), João, José (A frente de João) e Joaquim Buiatti.

Antônio trabalhou na Fazenda Sobradinho com pequenas culturas e principalmente o café. Produzia também cana de açúcar e seus derivados: rapadura e aguardente. Conhecido por sua engenhosidade, construiu seu próprio engenho de cachaça feito de cobre. Além de trabalhar na Fazenda,  trabalhava também como chofer. Vide documentação na seção de fotografias.

Antonio Buiatti e Ilidia Gratton

Antônio  permanece na fazenda Sobradinho até o início da década de 40. Podemos confirmar sua estadia na região através da Certidão de Registro de Estrangeiros datada no verso em 13 de fevereiro de 1942. A localidade referida foi a Fazenda Sobradinho.  Aproximadamente em 1942, Antônio vendeu suas terras na Fazenda Sobradinho para o irmão caçula Pedro, uma vez que já havia perdido seus três outros irmãos que eram mais velhos que Pedro, e se mudou com os filhos para a cidade de Ituiutaba. Ali adquiriu terras na região de Barreirão onde se dedicou ao cultivo da cana e outras culturas, assim com fazia em Sobradinho. Permaneceu no município de Ituiutaba até a década de 60, quando retornou para Uberlândia, vindo a falecer em 1971.

ILÍDIA GRATON (Esposa de Antônio Buiatti)

Ilídia Graton nasceu na Fazenda do cidadão Francisco Alves de Araújo em Santa Rita do Passa Quatro – São Paulo – Brasil em 28 de junho de 1890, (Ver certidão de nascimento nas fotos em anexo) filha dos imigrantes recém-chegados Francesco Gratton e Maria Cumin. A fazenda em que nasceu se chamava “Perseverança”, e cultivava principalmento o café. (http://www.imigrantesitalianos.com.br/FAZENDAS_SANTARITADOPASSAQUATRO.html)

Naquelas terras, que receberam inúmeros imigrantes do Veneto e Friuli, viveram até o fim do século por volta de 1898, quando se mudaram para a região de Sobradinho no município de Uberabinha (Atual Uberlândia-MG). Em 1908 casou-se com Antonio Bujat (Antônio Buiatti) e foi morar com os Buiatti que possuíam propriedade entre o córrego do Bebedouro e córrego das Moças em Sobradinho.

O casal Antonio e Ilídia tiveram 9 filhos.  Por ordem de nascimento foram: João Buiatti (22 de fevereiro de 1909), Joaquim Buiatti (09 novembro 1910), Antonina “Toninha” Buiatti (1912), José Buiatti (10 de abril de 1915), Rosa Buiatti (1917) falecida com 1 ano de idade, Jerônimo Buiatti (12 de fevereiro de 1919), Francisco “Chiquito” Buiatti Sobrinho (02 de novembro de 1921), Levino Buiatti (1924), Alcino Buiatti (06 setembro de 1926).

Em 1929, faleceu na região de Sobradinho com idade jovem ainda de 38 anos, deixando 8 filhos. (João, Joaquim, Antônia, José, Jerônimo, Francisco, Alcino e Levindo).

FRANCESCO GRATON (Sogro de Antonio Buiatti)

Francesco Graton nasceu em 29 de setembro de 1856 no distrito principal de San Vito al Torre (Em friulano San Vît de Tor) chamado Nogaredo al Torre (Naiarêt de Tôr in friulano). Casou-se em 23 de fevereiro de 1884 com Maria Cumin de Aiello del Friuli (Friulano: Daèl)  na mesma Paróquia que nosso patriarca Valentino Bujat foi batizado, a Parrocchia Santo Ulderico.  Emigraram para o Brasil por volta de 1888.

Existe uma dúvida se a família Graton, que emigrou primeiro que nossa família (Buiattis vieram em 1891), estimulara a decisão de Valentino Bujat em vir para o Brasil, uma vez que eram provenientes de uma mesma região do Friuli. 

A família Graton e Buiatti mantiveram laços de amizade que posteriormente se transformaram em laços de sangue com o casamento de seus descendentes. Documentos e certidões comprovam que seus locais de nascimento são provenientes de uma mesma região próximas ao Rio Torre na Região Distrital de Aquiléia: Crauglio de San Vito al Torre, Nogaredo de San Vito al Torre, Chiopris Viscone e Aiello del Friuli. Além de falarem o mesmo dialeto friulano goriziano e serem de uma mesma região de origem, vieram habitar um mesmo município em um país continental.

No Brasil os Gratton habitaram a região de Santa Rita do Passa Quatro para depois irem para Uberlândia por volta de 1897. Já entorno de 1912 se mudaram para o estado de Goiás no município de Ipameri. Em 1913, Giovanni Bujat com a família também se mudou para Ipameri.

Em 01 de fevereiro de 1941, Francesco Graton faleceu na Fazenda de Jacinto Pereira no município de Ipameri com admiráveis 84 anos de idade.

Fotografia de Francesco Graton

MARIA CUMIN (Sogra de Antonio Buiatti)

Maria Cumin nasceu em 20 de dezembro de 1863 em Aiello del Friuli (Friulano: Daèl) e foi batizada na mesma Paróquia que nosso patriarca Valentino Bujat, a Parrocchia Santo Ulderico.  Casou-se com Francesco Graton em 23 de fevereiro de 1884 na mesma paróquia que foi batizada e emigraram para o Brasil por volta de 1888.

No Brasil os Graton habitaram a região de Santa Rita do Passa Quatro para depois irem para Uberlândia por volta de 1897. Já entorno de 1912 se mudaram para o estado de Goiás no município de Ipameri. Em 1913, Giovanni Bujat com a família também se mudou para Ipameri.

Em 12 de junho de 1933, faleceu Maria Cumin em Ipameri, deixando Francesco viúvo.