Capítulo 13 – Filhos de Valentino e Maria Maddalena – Giovanni Bujat “João Buiatti”

Giovanni Bujat (João Buiatti)

Este capítulo foi realizado a partir dos trabalhos e fotografias cedidos pela prima Hanny Angeles Tavares de Mendonça (Bisneta de João Buiatti e Maria Salomé de Jesus)

Giovanni foi o segundo filho masculino de Valentino e Maria Maddalena, e seguindo a tradição italiana, seu nome foi em homenagem ao avô materno Giovanni Gherbezza. Nasceu em Aiello del Friuli na data de 25 de julho de 1888 e batizado na Parocchia (Paróquia) Santo Ulderico. Com 3 anos incompletos imigrou para o Brasil junto com os pais e seus 4 irmão (Francesco, Rosa, Antonio e Valentino Filho). Chegaram ao estado de São Paulo em março de 1891 e foram para a região de Ribeirão Preto para as fazendas de café. Com sua família se mudaram para Uberlândia (Uberabinha) na Fazenda Sobradinho por volta de 1898.  Conheceu Maria Salomé de Jesus, filha de Eduardo Estevam de Barros e Amélia de Jesus, que eram camponeses que moravam nas redondezas da região. Casaram-se em 17 de junho de 1908 e tiveram 4 filhos: Emília Maria Buiatti em 05 de abril de 1909, Valentim Buiati Neto em 02 de junho de 1910, Natal Buiatti em 24 de novembro de 1911 e José Buiatti em 27 de junho de 1913.

Entre 1913 e 1914, Giovanni resolve tentar a vida em Ipameri no Estado de Goiás (Na época se escrevia Ypameri – Goyaz), onde a família Graton já tinha se transferido e contado que as terras na região eram mais fáceis de adquirir. Na ocasião a estrada ferroviária já chegava até Ipameri, o que facilitava o deslocamento das famílias. Saíram da estação de Sobradinho no município de Uberlândia, passaram pelas estações de Araguari, Catalão, Goiandira e chegaram até a região do Roncador em Ipameri. A estrada de ferro de Goyaz, que era um prolongamento da linha Mogyana, chegou a Ipameri em 1913 e transformou a cidade num novo polo de desenvolvimento agrícola da região. Em 1910 a cidade de Ipameri contava com 11.080 habitantes.

No trabalho agrícola, já na região de Ipameri, Giovanni se feriu com a enxada e contraiu o tétano. Na ocasião não existia vacina ou soro, e foi a óbito em decorrência dessa doença. A data exata de óbito de Giovanni ainda não foi descoberta. Luciana Arantes Buiatti e seu esposo Daniel visitaram a região e pesquisaram esses dados, porém não obtiveram respostas.

As estórias da mudança de Giovanni para Ipameri me foram contadas por Benedito Buiatti (sobrinho de Giovanni). As histórias da linha de ferro de Ipameri foram tiradas da tese de doutorado da historiadora Hilma Aparecida Brandão, intitulada MEMÓRIAS DE UM TEMPO PERDIDO: A Estrada de Ferro Goiás e a Cidade de Ipameri (Início do século XX) – 2005.